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Não precisa de muito. Não precisa de música, de texto, de cronista famoso, nem de propaganda na TV. Basta aguçar só um pouquinho os olhos críticos e a sensibilidade. Enquanto acontece o Rock in Rio, tem jovens adoecendo, famílias sendo perdidas, crianças trocando os brinquedos por armas, o certo e o errado invertendo os seus conceitos e muitos países tornando-se a “Cidadezinha Qualquer” de Drummond: devagar. Devagar de espírito!
É a droga que inala o pai, traga a mãe e intoxica o irmão. É o dinheiro que rouba a paz, paga a preocupação e doa enfermidade. É a sociedade que beija na boca e afoga o amor, ouve pop-rock mas fica surda para o próximo.
E eu me pergunto do que nós (digo “nós” porque não quero ser hipócrita) precisamos para levar o choque e desmancharmo-nos um no outro, quebrarmos as barreiras de qualquer preconceito que nos impede de fazer qualquer bem. É necessário sensibilidade e compaixão para sairmos do nosso quarto de hospital e entrarmos no do vizinho só para falar uma frasezinha que seja: “tudo é possível para aquele que crê”.
É um exercício pensar no outro quando o nosso problema ainda é grande. Gasta as calorias do egoísmo.
Uma tesoura cortando o papel e a mão transformando-o em flor. Ainda há a esperança de que seremos melhores.

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16

obs.: Dedicado a minha amiga Rafaela que enquanto eu estava escrevendo, me inspirou cortando um papel e fazendo uma tulipa de dobradura!
 
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